About the Book
152° livro do autor das séries "OLYMPUS" (em 16 volumes com 300 poemas em cada), "EROTIQUE" (em 13 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada) e "SOB O OLHAR DE UM POETA" (em 4 volumes com 150 poemas em cada). Alguns trechos:
"Através dos anos, inexoráveis,
Seguimos juntos, inseparáveis,
Construindo uma linda história,
Perpetuada em nossa memória,
Repleta de tantos momentos lindos,
E de tantos sentimentos infindos,
Eternamente em nossos corações,
Cheios dessas ternas recordações..." "Amaldiçoei a noite,
E nunca mais a perdoei,
Por causa do que ela me fez!
Tenho com ela
Irreconciliáveis diferenças,
E uma mágoas sem fim,
Pois há muito tempo,
Exorcizei de minhas preces
Essa noite cruel,
Que de mim te levou
E nunca mais devolveu..." "Mas, com o tempo, depois de tantos êxtases e promessas,
Aos poucos aquele fogo foi se dissipando,
Como num tabuleiro de xadrez, cheio de peças,
O rei e a dama, foram devagar se afastando...
Mas mesmo assim, nunca mais lavei aquela camisa,
Lembrança daquela primeira vez, sempre lembrada,
E que minha memória sempre eterniza,
Na marca que você deixou, naquela noite encantada..." "Devagar, de você me aproximo,
Nossos olhos mutuamente atracados,
Como se para tal momento tivéssemos nascido,
E nossos destinos se cruzassem naquele momento,
No prenúncio de um doce sentimento,
Que fizesse a vida fazer sentido,
Nossos olhares se descobrem encantados,
E então, meu soneto com os teus versos rimo!" "Vivemos em dois mundos separados,
Os nossos caminhos jamais se cruzam,
Eternamente tão desconectados,
Nossos corpos sedentos não se usam,
Esses teus inesquecíveis vulcões
Jamais despejam lava em meus rios,
Fazem troça de minhas solidões,
Não atravessas meus caminhos sombrios..." "Nunca mais sequer você me ligou,
Nem mesmo uma mensagem de texto,
Daquele jeito seu, ninguém me olhou,
Ou me convidou a sair, sob algum pretexto...
Tristeza em meus olhos é só o que há,
Meu triste violão jaz a um canto, mudo,
A única melodia que sei é que jamais voltará,
Você não me ama mais, e isto é tudo..." "Nós dois somos ilhas distantes,
Separadas pelo mar,
Que só se viram por instantes,
Reunidas num mesmo lugar,
E depois se afastaram,
Cumprindo os seus destinos,
Corpos que jamais se amaram,
Nem mesmo em lugares clandestinos,
Por toda a vida separados,
Depois de, por meros minutos,
Nossos olhares, intimamente conectados,
Mostrarem desejos imensos, absolutos,
Mas esse frisson durou só por um momento," "Esse ser estranho que me encara pelo espelho
Parece-me comigo, mas não sou eu!
Onde foi parar a alegria que me habitava,
Substituída por esse olhar vermelho,
Que da felicidade se esqueceu,
Enquanto comigo mesmo eu brigava?" "Esse vazio inominável
Que me habita,
Impalpável,
Afeta minha escrita,
Que se tornou tristonha,
Carregada de histórias finitas,
E de uma solidão medonha,
Contando histórias malditas,
Repletas de horrores
Que provocam arrepios,
E enredos assustadores,
Cada vez mais sombrios," "Tinha anotadas todas as ilusões do mundo
Num antigo caderno,
Mas tudo mudou, em um segundo,
E as poucas que sobraram hoje cabem
No bolso do meu terno,
E antes que essas sobreviventes desabem,
Preciso recuperar minhas ilusões,
Antes que de todas elas eu me esqueça,
E depois não mais as recupere,
Como ocorreu com as antigas paixões,"