About the Book
Histórias de vida, romance baseado em fatos. Como tal, alguns personagens foram romanceados e alguns fatos são fictícios. Tudo mesclado com personagens reais e fatos históricos. As datas, locais e ambientes descritos, estão o mais próximo possível da realidade; a saber, do momento da história em que se passa os acontecimentos. Mesmo assim, é um romance, não podendo ser tomado por livro de consulta para fatos, e, ou acontecimentos históricos. Marcolino Ferreira, vulgo Chaparral... seu codinome, imaginava que o apelido se referia a um pistoleiro, seu ofício, apesar de não ter gostado muito do apelido no início. Preferia ter um apelido igual ao do Virgulino Ferreira, o Lampião, de quem era parente. É neto de Levino Ferreira, irmão de Virgulino Ferreira... Fiapo II, nascido em 1956, na cidade de Poço da Areia em Alagoas. No começo o apelido vinha de família devido à magreza, depois, não se sabe como entrou para pistolagem, ramo mais lucrativo e respeitado no meio da bandidagem. Daí o apelido Fiapo II, porque foi em tiroteio em Poço da Areia, contra 120 soldados do tenente Medeiros mais alguns integrantes da família Quirino, que morreu o famoso cangaceiro do bando de Lampião, Fiapo I... Cabrobó, não se sabe se é o nome, vulgo ou referência a cidade de Cabrobó, em Pernambuco, onde nasceu em 1952, embora tenha quem diga que na verdade é cearense da Serra do Coxá na cidade de Milagres. Se um psiquiatra avaliasse o bando, diria que sem sombra de dúvida Cabrobó é o psicopata com maior grau do transtorno, se é que se pode chamar de transtorno, ou se tenha um grau de avaliação... Negro Gato, outro que o vulgo se sobrepôs ao nome, natural de Mossoró no Rio Grande do Norte, nascido em 1946. Seu o apelido veio devido à música de Roberto Carlos, lançada em 1966, "Eu sou um negro gato de arrepiar...". Tinham lhe dado o apelido para sacaneá-lo, pois não tinha nada de gato, nem na agilidade do felino, pois era coxo da perna esquerda, devido a um tiro de espingarda, Rossi, calibre 28, recebido ainda na adolescência, quando tentava roubar um bode para matar a fome. Foi o motivo também que o levou para a pistolagem, em 1963. Com dezessete anos mata, em tocaia, um vereador da cidade de Bonfim, na Bahia. É pego pela polícia, mesmo depois de dois dias de interrogatório à base de pau-de-arara e afogamento não confessou o crime. O negro era bicho homem, segundo o delegado... Murillo Praxedes. Se existe um criador para a criatura, esse é o nome. Foi quem lançou Lúcio Bala na pistolagem profissional. Dono da fazenda Nova Vida, nas proximidades do município de Jaru, ocupada por integrantes do MST comandados por Zé Maria Trindade. Lúcio Bala escolheu o local da tocaia final, atrás de uma árvore na beira do riacho. Foi para lá as 04 horas da manhã. Todos do acampamento ainda dormiam. Comprou uma moto, Honda ML, 125cc, boa para andar pelas trilhas. Deixou a moto a 100 m da tocaia, e lá ficou das quatro da manhã, até o final da tarde, roendo biscoito de maisena e bebendo água. No horário combinado, Zé Maria aparece para seu banho diário. Era dado a boa higiene e talvez tenha morrido por isso. Saiu detrás da árvore, o, sombra ainda tentou sacar uma pistola que trazia na cintura, um balaço de 38 entra no centro da testa, lhe paralisando todos os comandos e empurrando a cabeça junto com o tronco para trás. Cai com a mão agarrado ao cabo da pistola. Com isso Lúcio Bala ganha nome na região, quem precisava de um pistoleiro, que não fosse os nordestinos, tinham a opção de Lúcio Bala.