About the Book
Sobre o título, a expressão que o compõe, "Perdeu, Mané, não Amola", foi dita, em 15/11/2022, pelo Ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), em Nova Iorque - EUA, a um cidadão brasileiro que, no meio da rua, o questionou quanto à sua posição face ao Relatório das FFAA - Forças Armadas, que verificou o funcionamento das urnas eletrônicas. Já, os vocábulos "Dicionaro" & "Borsonaro", são neologismos, criados à moda de Adoniran Barbosa, no que fazemos uma sobreposição do uso das palavras aqui reunidas, como 'frechas', visto que o Presidente Bolsonaro virou o 'álvaro' preferido delas.
Durante os 04 anos do governo do "Messias" (2019-2022), reunimos um conjunto de ao menos 53 palavras e expressões linguísticas que, midiaticamente, eram usadas para defini-lo, para se dirigir aos seus familiares, ou a membros de seu governo ou aos seus eleitores. O objetivo essencial aqui, não foi outro, senão o de reunir todos os vocábulos possíveis, que de algum modo ajudassem o leitor na compreensão sociolinguística do que foi o 'espírito do tempo' do governo de Bolsonaro.
Por isto, nesta edição, a estes verbetes e expressões iniciais, somaram-se outras, elevando a conta a um total de 374 termos. Estes, por sua vez, reservam em si, a coerência de se reportarem a fenômenos cognitivos (ou nem tanto) que povoaram o imaginário popular e que, supõe-se, ainda permanecerão no imaginário do povo brasileiro, por diversas razões que aqui não serão desenvolvidas, senão en passant, sugerindo possibilidades interpretativas.
Ao lado desta aparente despretensão sutil, várias questões podem ser levantadas neste livro, tais e quais justificaram o tempo dedicado a escrevê-lo, e podem sustentar o interesse em lê-lo.
Por exemplo, como que, por meio de recursos retóricos, discursivos, imagéticos, linguísticos, o Brasil teria deixado de ser um exemplo para o mundo, no quesito da recuperação econômica, num Pós-Pandemia de COVID-19, e se tornado 'a bola da vez' na fuga de capitais internacionais.
Ao lado desta dúvida, se faz necessário ainda compreender, como, um país, que até o final de 2022, era habitat de cidadãos patriotas e via suas famílias saindo pacificamente às ruas para democraticamente protestar e expressar suas opiniões e indignações, migrou, repentinamente, para o status de covil de 'terroristas e golpistas', rótulos estes utilizados para designar os brasileiros acampados à frente de quarteis por todo o território nacional.
Neste mesmo contexto, no final de 2022 e início de 2023, ainda será preciso explicar à sociedade, o fato de que uma parte da mídia, insistiu na divulgação de notícias de que o Brasil seria uma 'terra arrasada' e até então 'desgovernada', sob o comando de um 'genocida', um 'fascista', um 'golpista'. Estas palavras traduziram, como um estopim, tudo o que veio a se manifestar a partir do bordão pós-eleições de 2022: "o amor venceu" e na reedição da expressão "tchau querido". Desta vez, esta expressão se refere ao fato do 'Jair embora', e não à Dilma e ao Lula, que, em março de 2016, foram surpreendidos, numa conversa telefônica grampeada, entre Lula e ela, a Presidenta.