148° livro do autor das séries "Erotique" (13 volumes com 50 poemas cada), "Sob o olhar de um poeta" (4 volumes com 300 poemas cada), "Um torniquete chamado saudade" (2 volumes com 200 poemas cada), e "Olympus" (16 volumes com 300 poemas cada).
Alguns trechos:
"Pois esse personagem de minhas histórias, / Que vive se metendo em encrencas, / Por se meter com quem não devia, / No fundo não passa de meu alter ego..."
"O meu último e solitário poema / Jaz quieto em um canto, mudo, / Nessa triste sessão de cinema, / Pois ela se foi, e isto é tudo..."
"Capturei a essência do sonhar / Só para contigo devanear, / E agora acordar não mais quero, / Porque para ti não passo de um zero"
"E a tristeza então se escancara, / Por minha alma, despedaçada, / Pois minha alegria era gêmea com a sua... / Choro a olhar sua imagem, que me é tão cara, / Numa última foto, já tão apagada, / Sorrindo-me com amor, eternamente linda e nua."
"Eu me descobri selvagem, / Mas selvagem nunca fui, / Exceto em tua cama! / Eu me descobri poeta, / Mas poeta eu nunca fui, / Mas tu, és a própria Poesia!"
"Foi assim que, numa grande catarse, / Minha inspiração explodiu sem disfarce, / E ousei descrever num único verso / Todos os inexplicáveis mistérios do Universo!"
"Da primavera em tua mão, / A Poesia desabrochou, / Intensa, cheia de paixão, / E pela noite se espalhou! / Nunca mais brotarão primaveras / Tão exuberantes, ao meu alcance, / Causando torpor até nas feras, / Que te ouviram passar de relance..."
"A força devastadora / Desses furacões em teu olhar / Arremessa pelos ares / Minha verve sonhadora, / Que vivia contigo a fantasiar, / Pendurando tua foto em todos os lugares!"
"Sou como a vida despedaçada, / Como a tristeza escancarada, / Como a alegria desperdiçada. / Quem sou eu, afinal? / Não sei, este poema chegou ao final, / Pois sem você, eu não sou nada."
"Então dormimos, e ao nascer do dia, / Vemos a manhã encher-se de magia / Quando vê passarmos assim nós dois, / De mãos dadas, junto com a Poesia!"
"Pois, quando a abracei com saudade, / E vi o amor com que me encarava, / Percebi enfim essa escancarada verdade: / A fonte de minha inspiração nela morava!"
"Você, meu amor, / É a estrofe mais perfeita / Que meus lábios já beijaram, / E o poema mais lindo / Que meu coração escreveu..."
"A vida voava, vivaz, em alguma senda, / No torvelinho dos meus pensamentos, / A ouvirem tua suave voz que veio como uma oferenda, / E que acalmava o doce uivo dos ventos..."
"Recebi de Deus você de presente, / E todos os dias elevo uma prece, / Para que esteja sempre presente / Nas histórias que minha Poesia tece..."
"E então eu a beijei novamente, / E outras vezes, trocando nossos fluidos bucais, / Sorvendo aquela boca tão quente, / Da qual não me afastei nunca mais..."
"E já tarde da noite, feliz e radiante, / Pela última vez me beijas e partes, / Para na noite seguinte, voltares, triunfante, / Para compartilharmos nossas tântricas artes..."
"Tudo vira Poesia, / Basta tentar escutá-la, / E ouvir o som da Magia, / Quando a noite se cala."
"Onde foi que se refugiou a doce Poesia, / Que de repente resolveu de mim se ausentar? / Por que não consigo soltar esse grito medonho, / Que no fundo de minha alma se esconde?"
"Ousei tentar adivinhar qual é o segredo da vida, / Mágica e magnífica, esquecendo meus medos, / Mas quem sou eu, nessa minha busca atrevida, / Se não aprendi a decifrar sequer teus segredos?"
"Pois um raio de repente rasga o vento, / Naquela noite sem sinais de tempestade, / E percebo que Deus escutou meu lamento, / E sei que me esperas, lágrimas a escorrer de saudade..."
"E a saudade chegou sem aviso, / Daquela nossa paixão de cinema, / E por isto escrevi de improviso / Esse triste e saudoso poema..."